terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Dia 20/12/2016 o início de um sonho. Espírito Livre

Dia 20/12/2016 talvez tenha sido um dos dias mais importantes ate então na minha vida, o inicio da realização de um sonho, sonho esse que terá muitos dias de sol, chuva, vento, frio, tempestades e quem sabe ate neve, mas fiz isso por vontade própria, abri mao da mordomia de uma cama confortável, ducha quente pra tomar banho todas as noites, comida e agua fresca sempre a disposição. Isso tudo em troca de viver um sonho, que hoje eu posso dizer que é pedalar pela America do Sul.
Sim, eu tenho um sonho e estou fazendo isso para realiza-lo.



No dia 22/12/2016 foi algo distinto de tudo que já tinha vivido ate então, estava me lançando em uma realidade completamente diferente de tudo, longe de casa, longe de amigos, longe de um trabalho onde me garantisse dinheiro pra um certo conforto e o pior de tudo, longe de minha zona de conforto, onde eu vivia a ilusão que se precisasse de algo encontraria a ajuda com alguem por perto.
Então eis que me lancei atrás do meu sonho, ultimas hora em casa todos os detalhes foram observados pelos meus olhos, a minha cama, o guarda roupa cheio de coisas que não irei usar nos próximos meses, o aquário, o sofá, a bicicleta que ganhei do meu amigo Jery que esta pendura na parede, meu Opala 88 que no dia anterior lavei e estacionei na garagem onde tem um velho sofá que serviu de cama em vários dias e noites de planejamento para que essa viagem saísse da minha cabeça e fosse passada pro papel e então escrita nas estradas, outro objeto que me chamou a atenção foi a cadeira de balanço onde passei muitas  horas lendo livros  sobre cicloturismo e aventuras, porem agora estava chegando a hora de eu escrever minha própria história.
7h da manha acordei minha avó, ate então eramos eu e ela em casa, ela levantou, nos despedimos com um abraço apertado. Peguei a bicicleta já carregada com os alforges e equipamentos e antes de abrir o portao ela falou: Tem certeza que quer ir? Se você se arrepender pode voltar a qualquer hora!. Nao a respondi, tampouco precisava, afinal ela sabia que dessa vez íamos ficar um bom tempo sem se ver, então subi na bicicleta e antes mesmo de virar a esquina as primeiras lágrimas do dia começaram a cair.
Já em Medianeira passei me despedir da minha irma e da mae, a história das lagrimas voltam se repetir. Então segui pra bicicletria dos meus grandes amigos Celso e Maicon, como sempre fiz café, e ficamos conversando um bom tempo, antes de partir tiramos umas fotos e demos um abraço apertado, nessa hora chegou dar um nó na garganta, mais uma vez parti rumo a Foz do Iguaçu, onde passaria a noite Casa do Ciclista ACCI. Logo que cheguei fui falar com o Luciano responsável pela casa.
 Nao poderá ser melhor a primeira noite de viagem, Franceses, Espanhol, Canedense e Brasileiro, em uma troca de experiências, cultura, história, risadas, músicas.
 Dentre todos tive mais assunto com o espanhol Albert Sans do projeto Vidaje, desde janeiro de 2011 está dando " A volta ao mundo mais lenta da história ". O mesmo me passou varias dicas entre um gole de cerveja e outro enquanto preparava o almoço. Dentre tantos assuntos e conselhos algo que me chamou atenção foi o fato de ele me falar pra não ter pressa, ir vivendo um dia de cada vez, e aproveitando ao maximo a viagem, na hora me soou um pouco estranho, mas poucas horas mais tarde tudo começou fazer sentido.



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Cicloturismo na Serra da Graciosa

Cicloturismo na Serra da Graciosa


Nos dias de 21 à 23 de setembro foi realizado uma viagem sentido ao litoral do estado, mais precisamente para a Serra da Graciosa na capital do estado.
 Noite do dia 21, como combinado as 22 h todos os 33 ciclistas estavam em frente ao posto de combustível em Flor da Serra para carregar as bicicletas no bagageiro do ônibus, todos muito empolgados com a viagem que ia iniciar. bicicletas e bagagem carrega é hora de pegar a estrada rumo a Curitiba.

Durante o trajeto de ônibus teve muita cerveja e música, viagem de em torno de 650 km que foi feita em 9 horas de viagem, com direito a duas paradas, uma para jantar em Guarapuava e outra para tomar café já em Curitiba pouco antes do portal de entrada da Serra da Graciosa.
Chegando no Portal da Serra foi hora de descarregar as bicicletas e monta-las, já que todas estavam sem as rodas dianteiras devido ao espaço no bagageiro do ônibus.
Enquanto montava-mos as bicicletas começou a cair uma garoa fina e um vento gelado, aí pude estrear o kit impermeável que ganhei de presente rsrsrs. Ficamos esperando em torno de meia hora até os "guias" montar suas bicicletas e poder partir. Diga-se de passagem que péssimos guias, se é que da pra chama-los assim, mais adiante vou contando as presepadas da dupla.
Muitas fotos no Portal da Serra e enfim hora de pedalar. Uma estrada bem conservada, sem acostamento, porém pouco movimentada. Pedalamos uns 2 km e a dupla de guias começou as presepadas, à uma bifurcação com uma placa enorme com o fundo verde e letras brancas indicando a estrada que liga a Morretes e a outra estrada que liga a outra cidade, afinal tinha duas estradas para seguir e advinha qual o guia que estava na frente escolheu?? Sim, ele escolheu a estrada errada, ja dava pra ter uma ideia de como estávamos bem de guias.
Na estrada certa seguimos adiante com o vento e garoa gelada. Alguns quilômetros mais pra frente foi hora de fazer uma parada para reagrupar e alguns fazer um lanche, dali em diante o terreno mudou, o asfalto deu lugar a estrada de paralelepípedo ou pedras, o engraçado é como essas pedras acabaram ficando quase que aredondadas, com isso é mais a garoa que caia sobre elas deixando um condição  perfeita para belos tombos.
Seguimos sempre em fila indiana, compartilhando a estrada com outros veículos, inclusive com vários grupos de motoqueiros e um caminhão da Alemanhaque servia de Motor-home.

Segundo relatos ouve pelo menos três quedas dos integrantes do grupo, mas foi só o susto mesmo, sem algum ferimento ou algo do tipo.
Se não me falha a memória 28 km depois da saída chegamos no local do almoço, um restaurante simples porém aconchegante é diga-se de passagem que tinha uma cachaça ótima, ali serve o Bareado, prato típico da cidade de Morretes.
Após o almoço pedalamos mais 5 km até chegar na cidade de Morretes, aí seguimos pelo interior da cidade, sempre por estradas rurais. Sempre acompanho dos nossos guias, que durante o dia todo não vi os dois trocar uma palavra se quer, mas lá ia nós, seguindo eles.
Paisagens distintas comparado as da nossa região e sem dúvida muito belas, contando sempre com alguns picos ao fundo. Na minha opinião o ponto máximo do pedal foi a passagem pela ponte pênsil para atravessar um rio, alguns com medo outros muito empolgados mas até aí deu tudo certo. Logo após a ponte o grupo deveria se reunir  para tirar uma foto em outra ponte mais adiante, mas um dos guias deu no pé e saiu na frente, dividindo o grupo e sem deixar sinal de vida rsrs.
Depois do estresse gerado pela falta de responsabilidade por parte dos guias nosso grupo decidiu seguir pelo caminho mais curto, praticamente voltamos pela mesma estrada e fomos até a cachaçaria Ouro de Morretes, la podemos conhecer um pouco da história e fabricação de uma das cachaças premiadas em concursos internacionais.

Saindo da cachaçaria fomos de volta à cidade, lá encontramos o resto do grupo já com suas bicicletas guardadas no bagageiro do ônibus, e foi a nossa vez de tirar a roda dianteira e guardar as nossas bicicletas. Feito isso hora de fazer chek-in na pousada, e então Piscina, a maioria do grupo caiu na água.

Depois do banho tomado fomos jantar, o difícil é contentar a todos em um grupo de 33 pessoas, é por isso que continuo preferindo pedalar sozinho, mas no final das contas todos aproveitaram a noite. Enquanto muitos já estavam na pousada eu e o compadre Faganelo fomos ao Circo, quando chegamos em Morretes vimos e ouvimos a divulgação do espetáculo circense que teria naquela noite, então resolvemos ir conferir. Chegamos lá e a bilheteria já estava fechada, mas conseguimos conversar com um dos funcionários que nos permitiu entrar depois de pagar 10 reais por pessoa, mas realmente valeu a pena, espetáculo muito engraçado, o espetáculo em especial ficou por conta do Sargento Durão e o Bananinha, personagens que faziam parte do Circo do Beto Carreiro e outros programas de televisão.
Na manhã seguinte foi hora de tomar café e voltar para o oeste, mas antes saímos para dar umas voltas pela cidade, durante a caminhada vi um senhor pescando e resolvi ir conversar com ele, um senhor muito simpático que me explicou como se deve iscar o lambari para mante-lo vivo para a pesca de peixes carnívoros, ali estava tentando pescar robalo.



















Após foi hora de embarcar e voltar pra casa, na volta repetiu a parte da animação, muita música e cervejas. Assim foi a descida da Serra da Graciosa com o grupo Pedal Caminho do Colono, viagem organizada pela empresa Promove Turismo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

DEVERES E DIREITOS DOS CICLISTAS


 Ao longo dos anos que sou ciclista muitas vezes senti que minha vida estava em risco por conta de alguns motoristas, mas até então quando tive oportunidade sempre conversei com os mesmo pedindo para que tomem mais cuidado nas estradas, pois qualquer descuido pode causar uma tragedia podendo custar uma vida. 
 Até que um dia um motorista fazendo uma ultrapassagem  em sentido contrario ao meu, me fez jogar a bicicleta fora da pista, caso contrario seria vitima de atropelamento por um minuto de besteira e de pressa dessa pessoa, que diga-se de passagem na mesma manha ja tinha causado um acidente aqui na cidade. passou alguns dias e quando encontrei o dito motorista fui orienta-lo a não fazer mais ultrapassagem quando vem um ciclista em direção contraria, eis que a ignorância do ser humano falou mais alto, me respondendo que: na rodovia não é lugar de bicicleta, que é proibido por lei a circulação de bicicletas na rodovia e eu que estava errado. Logo essa pessoa ficou exaltada e me disse que iriamos conversar em outra hora, pois ali não era o lugar pra fazer isso.
 Se passou dois dias do ocorrido entrei em contato com a pessoa para tentar conversar e lhe mostras o quão ele estava errado quanto a afirmação que tinha feito sobre a proibição das bicicletas na rodovia. Como esperado ele se negou a se encontrar comigo para termos uma conversa, com medo de ter as verdades expostas na sua frente. Mesmo assim com os Artigos do Código Brasileiro Transito impressos resolvi publicar os mesmos para fim de conhecimento do publico em geral sobre os deveres e direitos dos ciclistas.

 OS DEVERES DO CICLISTA:
Art. 59: A bicicleta só pode transitar na calçada com autorização da autoridade de trânsito e sinalização adequada.


Art. 68: Para atravessar na faixa de pedestres é preciso sair da bicicleta e empurrá-la, equiparando-se ao pedestre em direitos e deveres.

Art. 105: São equipamentos obrigatórios: campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.



OS DIREITOS DO CICLISTA:
Art. 49: O condutor e os passageiros de um veículo não deverão abrir a porta, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se certificar de que não há perigo para os que passam pela via

ARTIGO 58

Capítulo III - DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.

Art. 181: É infração grave, sujeita a multa e guincho, estacionar um veículo na ciclovia ou ciclofaixa.

Art. 201: O veículo automotor deve ultrapassar a bicicleta a uma distância mínima de 1,50 metro.

Com o conhecimento de ambas as partes das leis que de transito podemos ter uma convivência tranquila entre motoristas, ciclistas e pedestres, cada um amparado por determinados leis do Código Brasileiro de Transito, sendo que o pedestre sempre tem preferencia sobre o ciclista, o ciclista sobre os motoristas de veículos automotores, seja motocicletas, carros, ônibus e caminhões.
Outras informações pode ser obtidas atraves do site: http://vadebike.org/2004/08/o-que-o-codigo-de/


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pennies4miles,do Alasca ao Ushuaia de bicicleta



 Cameron, é um americano de 24 anos de idade que vivia no estado do Arizona quando decidiu viajar de bicicleta por toda América, do extremo norte Alasca ao extremo sul Ushuaia, a fim de divulgar e arrecadar fundos para o estudo de um tipo raro de câncer que já fez vítimas na sua família. O referido câncer e o Paraganglioma metastático, doença que faz surgir tumores em todo sistema nervoso, apesar da sua severidade é uma doença pouco conhecida e estudada.
À um ano e quatro meses viajando, já passou por 14 países e leva muitas historias curiosas, uma delas é que quando Cameron comprou sua bicicleta ele não sabia nem como trocar de marchas, demonstrando que o mesmo nunca foi um ciclista experiente, mesmo assim ja percorreu mais de 25000 km com sua bicicleta carregada pesando mais de 50 kg de carga, entre equipamentos, roupas, água, comida, outra historia muito curiosa é que no México Cameron foi escoltado durante dois dias pela Policia Federal Mexicana, pois havia risco de sequestro naquela região de fronteira.


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 Sua entrada no Brasil foi pelo Pantanal do Mato Grosso, divisa com a Bolívia, até então Cameron só falava em inglês e espanhol e não falava absolutamente nada em português mas aos poucos foi aprendendo, ainda no Pantanal em um dos seus acampamentos ele montou sua barraca a menos de 20 metros onde no dia anterior uma onça tinha abatido uma vaca, então foi alertado pelos moradores que ali não era um bom lugar pra ficar e claro que ele deu no pé. Sua passagem pelo Brasil ainda contou com os estados de Minas Gerais onde pedalou no Caminho da Fé, no Rio de Janeiro assistiu os Jogos Olímpicos e por incrível que pareça lá Cameron conheceu o Mauro, do AL SUR EN BICi http://alsurenbici.blogspot.com.br/, aquele mesmo que estava aqui em casa a dois meses atras, na sua passagem por Sao Paulo ficou hospedado na casa dos familiares da artista Fernanda Paes Leme com o contato  através do irmão da atriz que conheceu Cameron em um jogo de Basquetebol.
 No Parana ele visitou o hospital do câncer Pequeno Príncipe que fica em Curitiba, de lá seguiu rumo a oeste, em uma de suas hospedagens vi uma publicação da sua historia no Facebook então entrei em contato e ofereci hospedagem caso ele estivesse vindo para Foz do Iguaçu e no domingo dia 25 Cameron chegou em Serranópolis, onde ficou dois dias descansando e conhecendo os atrativos do município. A tranquilidade e a beleza do nosso município sempre ganham destaque nos comentários dos cicloturistas que por aqui passam.



Seu próximo destino sera Foz do Iguaçu, onde irá conhecer as Cataratas do Iguaçu e após retornará aos Estados Unidos, onde vai trabalhar mais algum tempo para juntar dinheiro e poder retornar ao Brasil para seguir rumo ao Ushuaia e completar seu objetivo.
Em foz do Iguaçu Cameron ficará na Casa do Ciclista, um espaço mantido pela Associação Ciclística Cataratas do Iguaçu ACCI , está é a primeira e única casa do Ciclista no Brasil e é destinada a receber cicloturistas do mundo todo que estão de passagem pela cidade e tem papel importante na viagem do cicloturistas, pois proporciona um intercâmbio de informações entre os viajantes de varias partes do mundo. 
Mais informações sobre seu projeto e aventura pode ser acompanhado na sua página no Facebook https://m.facebook.com/profile.php?id=1421165784855714

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Bicicletas no ônibus é permitido?

Pensando na próxima viajem me deparei com um dos empecilhos quando  o ponto de partida da cicloviagem é longe da sua residencia, esse empecilho é o transporte da bicicleta no ônibus, como já tive uma viajem cancelada por esse motivo, resolvi escrever sobre o assunto e minhas experiencias.
 Se tratando de viagens nacionais, a empresa Viação Catarinense foi a primeira empresa a disponibilizar transporte de até duas bicicletas montadas sem ser cobrado alguma taxa de trasporte ou algo assim, com isso possibilitando que os ciclistas levem suas magrelas com segurança em suas viagens.

Sua bike nunca foi tão longe

Com a Auto Viação Catarinense, você pode levar sua bicicleta em suas viagens sem pagar excesso de bagagem. Aproveite essa vantagem e vá ainda mais longe!
O desconto é válido para até duas bicicletas por ônibus. Cada passageiro tem o direito a transportar uma bicicleta. Os donos deverão estar presentes na viagem.
Confira o regulamento da promoção:
  1. Somente permitido o transporte quando o proprietário viajar no mesmo veículo. A bicicleta deverá ser transportada como bagagem grátis e com etiqueta.
  2. Não haverá cobrança adicional, limitando-se a 2 bicicletas por ônibus, de acordo com a disponibilidade do bagageiro.
  3. Não será necessária apresentação de nota fiscal, quando se tratar de uma bicicleta usada.
  4. Não é necessário desmontar a bicicleta, nem pôr em caixa. Apenas é necessário que a bicicleta esteja em condições de ser transportada sem oferecer risco de danos a bagagem de outros passageiros (em especial os pedais e a corrente).
  5. Devido à limitação do bagageiro, não será possível o transporte nos ônibus Double Deck.
 Já outras empresas cobram taxas que variam de 10,00 á 20,00 reais, uma das empresas que cobra essa taxa é a Princesa dos Campos, onde em uma das vezes que fui a Foz do Iguaçu tive um problema na bicicleta e não poderia voltar pedalando, então optei por vir de ônibus e comprei a passagem com a referida empresa Princesa dos Campos, a passagem custou 18,00 reais, e na hora de embarcar e por a bicicleta no bagageiro o motorista me perguntou se eu tinha a carteira da confederação nacional de ciclismo  http://www.cbc.esp.br/default/filiar_se.php?m=mtb e logico que informei que não tinha, afinal uso a bicicleta para viajar e não para competir, logo me informou que deveria pagar pra levar a bicicleta, questionei sobre o valor cobrado, porem não teve jeito, tive que pagar 15,00 reais de taxa de trasporte em um trecho de 70 km e ainda tive que desmontar as rodas da bicicleta, isso em um bagageiro vazio, ou seja todo aquele espaço e uma bicicleta desmontada.
 Esse é um dos fatores que sempre me fazem optar por viajar com a Viação Catarinense,já foram varias viagem acompanhadas da bicicleta e sempre sem pagar nada, duas algumas vezes optei por embalar a bicicleta para evitar danos na bagagem dos outros passageiros, tudo para evitar transtornos tanto para mim quento para o motorista. Empresa que demonstra respeito pelos ciclistas, com isso incentivando o uso da bicicleta.
fonte:http://www.catarinense.com.br/web/pt/noticias/sua-bike-nunca-foi-tao-longe.htm


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Dia 19 de Agosto, Dia do Ciclista

Há quem diga que 19 de Agosto é o dia do ciclistas, discordo dessa ideia, pois todo dia é dia do ciclista, faça chuva ou sol, frio ou calor, segunda ou domingo, sempre terá uma VIDA em cima de sua bicicleta pelas ruas ou estradas, treinando ou passeando, e acima de tudo cuidando da sua saúde e colaborando com o meio ambiente.
Saudações a todos ciclistas !

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Ruinas Jesuítas,Paraguai, Argentina e Brasil, Historia e cultura através do cicloturismo 3/3



 Em terras Tupiniquins o fiscal da Aduana fez sinal para encostar a bicicleta, acredito por ele ter visto que trazia as bandeiras do Paraguai e Argentina, porem logo falei que era brasileiro e ele sorriu e mandou eu seguir.
 Passei pela cidade e segui rumo a Horizontina, já passava da 14:30h e já estava novamente com fome, eis que surge as maravilhas do Rio Grande de Sul, as frutas cítricas bergamotas e laranjas, não resisti e roubei algumas para a viajem, estavam uma delicia, bem maduras e doces.

 Na rodovia Brasileira percebi a diferença entre a cultura do povo, a hospitalidade e respeito recebidos no Paraguai e Argentina aqui no Brasil foi por água abaixo, pessoas olhando mas não respondendo o aceno e não respondendo o boa tarde, e o pior de tudo, não deixando uma distancia segura ao ultrapassar.
 Foi em estradas gauchas que aconteceu o primeiro risco de acidente da viajem, eu estava pedalando em uma subida e de encontro vinha um trator e logo atras um caminhão, e justo na hora que eu estava do lado do trator o caminhão ultrapassou o trator, deixando assim minha vida vulnerável a um erro daquele motorista.
 Na região a paisagem mudou completamento, a agricultura é a atividade predominante,onde antes era a Erva-Mate e o Pinus.
Plantação de Canola
 Restava mais 25 km até Horizontina o corpo estava cansado, parei e descansei 2 vezes. Quando cheguei em Horizontina parei em um posto de combustível para por credito no celular, porem o frentista me indicou ir a um restaurante ao lado do posto, lá sim conseguiria a recarga do celular. Precisava de internet para me comunicar com a minha prima Cleusa, pois só tinha avisado ela que chegaria na cidade e ficaria na casa de algum parente. Comecei a conversar com o SR. Otavio dono do restaurante e comentei onde eu passaria a noite, logo me falou que conhecia todos os meus parentes na cidade, ai em diante ja fui convidado a sentar e tomar chimarrão e comer bolo, aquilo foi musica para os meus ouvidos, afinal estava morrendo de fome.Barriga cheia, corpo quente foi hora de partir, pedi ao Sr. Otavio o endereço do Edifício Sartor, aonde as minhas tias moravam e onde eu ia passar a noite.

 Quando cheguei lá a tia Sueli estava em frente ao predio me aguardando com uma cara de alegria e surpresa em receber um viajante que apareceu sem avisar. Bicicleta guardada na garagem e alforges no apartamento, subi e tomei um banho e jantamos e claro acompanhado de muita conversa sobre a viajem.
 No dia seguinte ja fui promovido a motorista particular, fomos na loja de roupas que as tia Silda e Suli tem no cento da cidade. Almoçamos junto do grupo de idosos que elas participam, lá provei um sentimento até então desconhecido, sentimento de reconhecimento por uma aventura linda, cheia de historias e cultura. Antes de ser servido o almoço o Sr.Valdir Presidente da associação de idosos anunciou no microfone que eu tinha vindo de bicicleta do Parana até lá, logo começou os elogios, senhoras e senhores saiam de suas mesas e vinham em minha direção para me parabenizar e falar palavras de incentivo e apoio, detalhes que me faz sentir bem e que me dão animo para seguir fazendo oque eu tanto gosto.
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 Na sexta a noite fomos até Cascata, distrito do município de Horizontina, lá as tias Silda e Sueli tem uma casa de final de semana. Logo quando chegamos o barulho da água do rio me chamou a atenção, e foi com esse som que dormi duas noites, ao sol da queda d'água na cascata. Passamos o final de semana lá reunidos com a família, todos curiosos para ouvir as minhas historias.
 Durante a semana as previsões do tempo não eram favoráveis, pois prometia fortes chuvas acompanhado de temporais em toda região sul e por medida de segurança optei em não ir pedalando até as ruínas, já que tem uma distancia relativamente longa entre as cidades e um temporal no meio do caminho não seria nada bom, ainda mais se acompanhado de granizo , ja que nos dias anteriores o granizo já tinha feito vários estragos em todo Rio Grande do Sul e certamente eu não pretendia ser uma dessas vitimas.
 Na terça embarquei no ônibus em Horizontina e percorri 160 km até chegar em Sao Miguel das Missões, lá uma cidade pequena que mantem as tradições gauchas, é possível ver nas ruas homens vestindo seu traje tipico, bombacha, bota lenço no pescoço e em dias de frio o famoso opala , isso tudo montado em belos cavalos bem cuidados.
 Almocei em um restaurante próximo as ruínas, o numero de pessoas me chamou atenção, pois era perceptível que eram turistas assim como eu. Cheguei antes de abrir a bilheteria das ruínas, enquanto isso fiquei conversando com um dos seguranças patrimoniais e com um casal de turistas do Rio de Janeiro .Aos poucos começou chegar os carros no estacionamento, carros com famílias inteiras, desde crianças até idosos.
 Como sou estudante o meu ingresso custou apenas 2,50 reais, ingresso que da direito a visitação diurna.Logo nos primeiros metros dentro da áreas das ruínas o tamanho da obra impressiona, estrutura bem conservada apesar de estar expostas as intempéries climáticas, obra rica em detalhes, todos esses esculpidos em pedra, o mesmo matérias que é feito toda obra. Uma das coisas que mais chama a atenção é a torre imponente que foi erguida ao lado da catedral principal.Ali também se encontra o antigo cemitério indígena , o pomar que foi revitalizado e hoje tem arvores frutíferas, muitos mudas de frutas cítricas entre outras especies e também vemos restos das antigas moradias dos índios guaranis, tudo em uma área bem protegida por seguranças patrimoniais que assim que alguém vá em algum local que não seja permitido soam o apito em sinal de advertência.









 Um desses seguranças me falou que em época de ferias escolares chega a ter 30 ônibus com crianças ali pra conhecer as Ruinas, como ele mesmo disse é apito pra todo lado e olhos bem atentos para evitar acidentes ou degradação das ruínas.
 Passei a tarde toda contemplando aquela beleza, em algumas vezes servi de fotografo para os visitantes e em outras oportunidades pude dar uma explicação de onde se encontrava o cemitério, as antigas casas o pomar e outras coisas que tinha aprendido nas visitações as outras ruínas. Oque deixa a desejar nas Ruinas de Sao Miguel das Missões é a falta de um guia Turístico para acompanhar os visitantes, alem disso esta tudo perfeito.No mesmo momento em que contemplava a beleza das ruínas pude por meus pensamentos em ordem, sozinho perdido nos pensamentos e lembranças.
 Final da tarde me hospedei na Pousada das Missões, pousada que fica encostado da area das Ruinas. Com o anoitecer a temperatura despencou, tomei um bom banho quente e fiquei no quarto até a hora do show de Som e Luz que começaria as 20:00h.
 O ingresso custou 7,00 reais e as 20:00 começou o espetáculo, acredito que deveria ter mais de 120 pessoas lá assistindo. Certamente um espetáculo que valeu a pena ter enfrentado o frio,sons nítidos e bem distribuídos pelas varias caixas de som no ambiente e combinado com as luzes sincronizadas.
Show Som e Luz

Show Som e Luz

Show Som e Luz
 No dia seguinte com uma temperatura de 6º  fui até Santo Ângelo conhecer a Catedral que leva o mesmo nome da sua cidade, uma obra grandiosa e linda, vale a pena a visita.De lá segui para cidade de Horizontina onde passei mais dois dias conhecendo a cidade e só então voltei para o Oeste do Parana. Assim se encerrando mais uma cicloviajem, dessa vez com um gostinho especial, em ter provado a hospitalidade de pessoas que até então eram totalmente desconhecidos,seguir dicas de lugaras que deveria visitar, comecei meu curso de gastronomia internacional com as minhas super receitas a base de massas e sardinha, e o principal de tudo, sempre conhecendo muitas pessoas pelo caminho e sempre levando historias e deixando um pouco da minha historia.
Catedral de Santo Ângelo

Catedral de Santo Ângelo