segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Crucero del Norte uma péssima opção pra viajar

2° dia , dormi mal a noite toda ,não sei se era pelo cansaço ou por estranhar a cama, e por falar em cansaço ele me fez perder uma festa que estava rolando no hostel , do quarto podia ouvir a música e as gargalhadas da galera.
Na quarta pela manhã quando acordei fui logo tomar café da manhã pra recarregar as energias gastas no pedal do dia anterior.
A missão da manhã era encontrar alguma coisa para embalar a bike para levar ela até a cidade de Cólon. Então pedi informação sobre algum lugar aonde poderia vender plástico bolha ou caixas de papelão que eu pudesse embalar a bike. Após ir em várias lojas encontrei uma que vendia plástico bolha, comprei 12 metros , quantidade suficiente para dar 4 voltas na bike toda, deixando assim ela pronta pra ser carregada no ônibus sem danos a ela nem as bagagens. Como eu ainda tinha alguns pesos argentinos na carteira , resolvi ir no mercado e comprar alguma comida para levar comigo, já que no Uruguai a alimentação é um item caro.



Após fazer as compras voltei no hostel pra arrumar as coisas e ir para a rodoviária com antecedência ,pois ainda tinha que embalar a bike.
O horário de partida do ônibus era as 13:00h , cheguei meia hora antes para poder me  organizar. Pedi permicao para entrar na área de embarque e comecei desmontar e embalar a bike em 15 minutos estava tudo pronto. 
Fiquei aguardando a chegada do ônibus , e já estava com 15 minutos de atraso. Nisso chegou outro ônibus com 3 bicicletas dentro dele , fui conversar com um dos ciclistas e ele me contou que estavam indo para a Bolivia ou Colômbia agora não tenho certeza qual dos países, enfim trocamos contatos no Facebook e eles seguiram arrumando as suas coisas na bike, nesse momento chegou o ônibus que me levaria ate a cidade de Colon, eis que o motorista logo de cara não quis levar a minha bike , e comecei a conversar com ele e ele me falou que eu deveria pagar "excesso de equipagem" aí os três ciclistas entraram na conversa questionando ele que eu não precisaria pagar nada a mais , por que eu tinha a mesma bagagem que eles e eles não tiveram que pagar nada a mais para transportar as suas 3 bicicletas e seus alforges , aí começou o rolo, fui na bilheteria pagar a tal taxa pra levar a bicicleta , aí o chefe da bilheteria me levou pra conversar com o motorista , chegando lá o corno argentino simplesmente falou que não levaria a minha bicicleta e nisso já tinha fechado o bagageiro o ônibus e já começou a sair com o ônibus, então exigi uma explicação do tal responsável da companhia , ele falou pra eu retornar as 16 h que ele iria começar a trabalhar e ele ia ver oque poderia fazer. Como combinado voltei esse horário lá, e o sem vergonha argentino não estava mais lá , ele tinha pego as suas coisas e deu no pé , os dois cornos estavam conseguindo acabar com a minha viagem.
 Após entrar em contato com algumas pessoas que conheço na argentina e todos tentar me ajudar , voltei na agência ainda no mesmo dia , exigindo outra passagem ou o dinheiro de volta , mas nada foi feito, nessa hora a moça que trabalhava na bilheteria me contou que logo após o acontecido o seu chefe pegou as suas coisas e foi pra casa , ele fugiu de mim pra não resolver meu problema e que ela não entendia o motivo de ele ter feito isso. Sai da rodoviária mais uma vez frustrado com vontade de dar uma sura no argentino jaguara.
 Fiquei a noite toda pensando no assunto , quase não dormi nada pois estava tenso com tudo oque tinha acontecido , com toda a preparação que tinha tido, os gastos com a viajem , o dinheiro da passagem e tudo mais.
 Na manhã do dia seguinte fui mais uma vez tentar receber parte do valor da passagem pelo menos , mais uma tentativa em vão , outro filho da puta que estava no dia anterior disse que não tenho direito a nada , que simplesmente perderia o dinheiro da passagem. Sai de lá com um vontade de quebrar a cara dele, mas sabia que se fizesse isso eu seria preso e o pior de tudo que o Consulado Brasileiro estava fechado pra poder fazer alguma coisa. Fui até o Hostel peguei as minhas coisas e fui sentido a Foz do Iguaçu, não queria nem pensar na hipótese de ficar um minuto a mais nesse país , onde duas pessoas conseguiram acabar com uma viagem planejada a mais de quatro meses , acabaram por um simples preconceito por eu ser brasileiro. E que fique registrado a minha ingnacao com dois funcionário da empresa Crucero del Norte , empresa que não teve respeito com um cliente simplesmente por ele ser de outra nacionalidade.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

1° dia de pedal, Serranópolis do Iguaçu a Puerto iguazu-Ar

Como eu já vinha a três dias adiando a minha partida por motivos do mal tempo , enfim hoje no dia 21/12 o dia amanheceu lindo , tudo indicava que seria um dia ótimo pra pedalar. Acordei as 6:30 horas olheu o céu e estava com um belo amanhecer , então pulei da cama e fui pró chuveiro tirar a preguiça do corpo , depois terminei de arrumar os alforges e como alguma coisa, as 7:15h sai de casa sentido a Medianeira, logo nas primeiras pedaladas percebi que o dia nao seria como esperava, o calor já era intenso logo nos primeiros raios de sol, pedalei até medianeira e ttanspirei muito , mais que o normal pra aquele horário, mas segui viagem .
O calor intenso me fez beber muita água, coisa que eu não imaginária que logo depois me faria mal. Segui pedalando pela Br-277 sentido a Foz do Iguaçu, tudo tranquilo sem nem um problema .
Chegando em Santa Terezinha do Iguaçu percebi que tinha um ciclista atrás de mim, foi então que começamos a conversar , o nome dele é Ícaro Silva, logo que começamos conversar o cara já sabia quem eu era por ver que tinha alguém cadastrado no Warshowers.com no município de Serranópolis, eis que o cara é gente fina pra caramba , viemos o caminho todo conversando sobre nossas experiências no ciclismo , e digasse de passagem ele fez o trajeto que irei fazer no Uruguai . Como  mencionei antes a dita água me fez mal, passando o trevo de foz senti o estômago embrulhar , aí falei pró Ícaro que precisava parar , parei e vomitei , segundo ele eu tive uma hiper hidratação . logo estava bom e pedalamos até a casa dele aonde descansei e comi uma maçã pra enganar o estômago. Nesse meio tempo muitas histórias foram compartilhadas e na hora de eu partir ele até me deu uns medicamentos que creio que serão muito úteis, se acaso você ler esse post brother saiba que sou grato pela sua boa vontade !
Sai da cara do Ícaro por volta das 12:00h pedalei alguns quarteirões e vi um restaurante , resolvi parar pra almocar , como sempre comento quando estou de bike eu fico mais sociável , e entre uma grafada e outra já fiz novas amizades, pessoas muito simpáticas com quem compartilhem a minha história e elas a suas histórias , e por fim sai de lá com mais pessoas me desejando sorte e saúde nessa minha jornada e na vida.
Segui pedalando sentido a Aduana , mas antes tinha que fazer o câmbio de reais , eis que mais uma surpresa , com a mudança de governo argentino, a moeda deles está se valorizando cada vez mais e a cotação estava 0,27 centavos o peso Argentino , coisa que a uma semana atrás estava 0,23 centavos , uma boa diferença pra quem está viajando com um orcamanto  restrito. 
Dei a entrada na Aduana Argentina , como sempre os funcionários muito educados e sempre que me vêem de capacete me pedem de onde eu venho e pra onde vou , me pedem de curiosidade não por fazer parte do trabalho deles , como a bike estava com os alforges pedi se precisava passar no raio-X os equipamentos e ele me dispensou desse pequeno encomodo.  
Chegando na cidade de Puerto iguazu vim logo na minha parada oficial na cidade , o Hostel Mango Tree, hostel com clima super descontraído , uma vibe massa , deixei a bike encostada aqui e fui na rodoviária comprar a passagem pra Colon- Entre Rios/Ar , consegui passagem para dia 23/12 as 13:00 horas , enquanto isso posso descansar e me recuperar de um dia super quente.

Assim que tiver internet volto pra atualizar sobre a tripbike. Abraço!

sábado, 19 de dezembro de 2015

Preparação da bicicleta e equipamentos

Bicicleta personalizada então é hora de partir para os equipamentos. O equipamento que vai fixo é o bagageiro que eu já tinha adquirido e testado , e foi aprovado.
Agora vamos para a parte dos equipamentos móveis que necessito para a viagem. Como vou fazer uma viagem que pretendo ficar em hostel e pousadas só em últimos casos , a primeira coisa que vem em mente é qual barraca levar... Após pesquisar bastante sobre o assunto optei pela barraca Everest da guepardo , uma barraca técnica para uma pessoa , suporta até coluna de água até 200 mm de chuva , seu formato é pra dar resistência em casos de fortes ventos .

Acompanhado da barraca tem o isolante térmico para evitar a perda de calor e evitar que passe umidade para o saco de dormir. Já o saco de dormir é da marca Nautika , já usei várias vezes inclusive quando estiver na patagônia e na Cordilheira dos Andes , dormi só com ele sem barraca e ele se saiu muito bem , ele tem um capuz que tem a opção de fechar assim evitando o vento no rosto em casos de dormir ao ar livre.
Equipamentos eletronicos, estou levando um carregador de celular , um T padrão argentino "diferente do brasileiro" uma câmera fotográfica e seu carregador de bateria e uma lanterna caso precise a noite .
Utensílios para camping : fogareiro, carga de gás , caneca de alumínio , panela , e talheres.
Kit higiene: escova de dente, creme dental , sabonete , protetor solar , desodorante e papel higiênico.
Roupas, esse é o grande desafio , você levar pouco mas o suficiente para não passar nescecidades e não levar peso desnecessário, então estou levando : 1 calça, 2 shorts, 4 cuecas, 3 camisas, 1 camisa térmica , 1 casaco corta-vento, 2 bermudas de ciclismo , 2 pares de meia , 1 par de haveianas , 1 camisa de  ciclismo , 1 toalha de banho , espero que seja tudo que eu precise nessa viagem. 
 A respeito a documentação necessária nos países da América do sul , posso estar enganado mas só é necessário o documento de Registro Geral , o nosso conhecido RG e a carteira internacional de vacinação , essa que é emitida gratuitamente pela ANVISA . 
 E por fim algo que espero não utilizar na viagem , o kit de reparos da bicicleta : está composto por 1 pneu , 1 câmara de ar , 1 kit remendos , 1 óleo lubrificante, 1 jogo de chaves e uma gancheira. Peças que espero não ter que usar , apesar de ser fácil a manutenção e eu ter uma boa experiência no assunto , sempre acaba dando algum tipo de encomoda durante a viajem , mas só esperar pra ver o que vai acontecer. 
Aqui está todo o material que levo na viagem 
Tudo isso em um par de alforges impermeaveis de 36 litros.
Qualquer dúvida pode entrar em contato que responderei com prazer. 
Facebook: Fabiano Bulow
Instagram: fabianobulow

Preparação da bicicleta e equipamentos

Todo processo de preparação pra alguma viagem da um certo medo e incerteza , pois você estará em um lugar diferente , com pessoas desconhecidas e a mercê da ajuda e boa vontade delas, até então nas experiências que tive foram todas positivas, sempre fazendo novas amizades, conhecendo novos lugares, histórias e pessoas, mas isso tudo dentro do Brasil e amparado pela nossa língua portuguesa. Agora é hora de dar um passo adiante nessa história , hora de encarar um país vizinho com um idioma diferente , apesar de eu vir de uma preparação quanto a leitura da língua espanhola o meu maior desafio é na hora de dialogar , uma vez que não prático oque eu aprendi lendo livros e em sites desse idioma , mas nada melhor que um desafio a mais para essa viajem. 
 Em uma cicloviagem tudo começa com muita antecedência , "pelo menos pra mim" . Quando escolho o lugar para aonde vou , começo a estudar a região que visitarei , os costumes ,os pontos turísticos , o clima , a segurança , enfim uma análise de tudo que possa ter interferência na minha viagem. 
Com esse estudo feito , é hora de começar a organizar a bicicleta e os equipamentos para a viagem , começarem falando sobre a bicleta.
A bicicleta utilizada é uma bike aro 29, marca Oggi, composta com um grupo de câmbio Alívio 27 marchas. Bike que adquiri no início do ano e desde então é a minha companheira pelas estradas por onde pedalo. 

Há uns dois meses atrás adquiri um bagageiro traseiro pra poder levar os alforges , mas o fabricante indicava um peão máximo de 8kg para ser transportado em cima dele , então fiz um teste com mais de 15 km em estradas de chão no Vale Europeu em Santa Catarina , uma experiência válida apesar de meus equipamentos ser incompatíveis com a exigência do terreno que passei. 



Bagageiro aprovado e experiência ótima quanto a vivência com pessoas e sobre levar peso desnecessário , já que levei muitas roupas pra pouco tempo de estrada.
Quando pensei em fazer essa cicloviagem logo veio em mente a personalização da bicicleta , já que as cores originais dela são chamativas e com isso poderia chamar a atenção de possíveis marginais , sendo que em viagem ela com os alforges são literalmente tudo o que eu possuo , é a minha casa sobre rodas. Pensando nisso resolvi "envelopar" a bicicleta e posteriormente adesivala para a personalizacao. Entrei em contato com algumas empresas que prestam serviço de envelopamento em veículos , mas as tentativas foram em vão , ninguém quis pegar o serviço da bike , então sem nem uma experiência anterior fui e comprei o adesivo e comecei a fazer o serviço. Mas antes é hora de desmontar o bike.

Após desmontada e lavada , é hora de começar o serviço, umas bolhas aqui , uns enrugados ali, cola , arranca , recorta e assim por diante , mas ficou melhor que eu  esperava.

Nesse meio tempo conversei com meu brother  Zeloni Grapilha conhecido como Zelo , eu sabia que ele tinha conhecimento sobre desenvolvimento de arte então pedi pra ele umas dicas e tal, e não é que o cara resolveu fazer a arte da bike !! Pensa na minha felicidade quando ele se dispôs a fazer isso. 

Minha eterna gratidão Zelo por se dispor ao  serviço, e está aí a bike personalizada CICLOTURISMO ESPIRITO LIVRE. 
No próximo post falarei sobre os  equipamentos.

domingo, 28 de junho de 2015

Muitas pessoas me pedem como e quando comecei gostar do ciclismo, e até um tempo atras eu nao sabia exatamente oque responder, mas as repetidas perguntas me fizeram pensar sobre o assunto, eis então que surge a resposta ou melhor, o inicio da historia de eu Fabiano e as bicicletas.
 Confesso que aprendi a andar de bicicleta um pouco tarde, eu tinha uns 11 anos quando enfim dei as minhas primeiras pedaladas sozinho, me lembro com detalhes da  primeira bicicleta, uma Monark aro 20, a pintura era metade amarela e metade roxa. Como todo irmão mais novo que se prese, tive que ficar com a bike usada do irmão mais velho. Com essa bicicleta levei meus primeiros tombos, os primeiros saltos em rampas improvisadas no meio da rua, os primeiros reparos na magrela, dava banho nela e passava ''Nugett'' pra deixar os pneus pretos.
 Depois de uns 2 anos emfim ganhei a minha primeira bicicleta nova, uma Monark 18v , na cor verde metálico, sem saber com essa bicicleta fiz a minha primeira viajem, apenas 20 km, mas pra uma criança de 13 anos ja estava bom hahha. Vou contar melhor essa historia... um belo dia a minha mãe resolveu me dar uma bicicleta de presente, então ela foi na loja e comprou, mas eles precisavam montar a bike ainda e não pode trazer ela pra casa, então combinou com o vendedor que eu iria busca-la no sábado de manha, e lá estava eu, no sábado de manha, no alto dos meus treze anos com a bicicleta novinha, lembro que eu falei pra minha mãe que iria visitar meus avós que moravam em outra cidade, cidade essa que dava 20 km de distancia, e lá fui eu sozinho, seguindo pela rodovia feliz da vida, sem imaginar que esse objeto com rodas faria parte dos meus sonhos.
Depois de alguns anos fui morar com meus avós no interior, e na bagagem veio a bicicleta. Essa monark foi minha companheira por muitos anos e diversões, sempre pedalava no fim do dia, quando o sol estava se pondo , mas eu gostava mesmo era de quando chovia, ai eu chegava em casa todo sujo de barro, com as roupas encardidas, e a parte boa era só levar uns chingoes e nada mais.
 Com a chegada da adolescência algumas coisas mudaram, a bicicleta ficou de lado e deu lugar a vontade de sair de carro, bicicleta parecia ser coisa de criança, com algumas mudanças acontecendo a bicicleta foi deixada totalmente de lado por vários anos, afinal namoradas, festas era mais interessante que pedalar.
 Passado algum tempo, varias mudanças e novas amizades, conheci uma galera que pedalava, ai me veio na cabeça voltar a pedalar, conversei com um amigo que tinha uma bicicleta pra vender e fechamos negocio, combinei de ir buscar a bike e ja voltar pedalando, Na mesma estrada que eu tinha pedalado a vários anos atras com a bicicleta nova, refiz o caminho, Pedalei os primeiro 8 kms tranquilo, e logo começou a doer as ''nádegas '' resumindo a historia quando terminei os 20 km ja não conseguia ficar sentado no selim da bicicleta. A pior parte foi no dia seguinte, nao conseguia me mexer , sentar então parecia algo quase impossível, doía praticamente todos os músculos do corpo. nada que uns dias de molho não resolvesse . Desde entao a bicicleta faz parte da minha rotina, uso para trabalho, esporte, lazer e viagens .
 Em breve relatos de algumas aventuras, e o inicio do ''PROJETO ESPIRITO LIVRE''.
 Quinto dia de viajem e o melhor dia até então, o sol nasceu lindo como até então não tinha visto desde que sai de casa, tudo estava se encaminhando para ser um dia lindo, e certamente foi como eu esperava, como de costume apos acordar fui tomar café da manha, e neste dia teve umas energias extras, afinal estava ciente que no caminho teria algumas subidas que me desgastariam alem do normal. Apos o café fui até o quarto e chegou mais uma vez a hora ruim da viajem, a hora de arrumar as roupas no alforge e se despedir das pessoas com quem criamos laços de amizade.










 Tudo organizado, chek-out feito e é hora de pegar novamente a BR-101 sentido a ITAPEMA até chegar em Meia Praia, chegando lá pedi informação de como ir até Bombinhas e me deram a sujestao de ir pelo calcadão  e logico que não iria perder a chance de aproveitar o visual lindo que fazia nesse dia. Era passado das 11:15 e parei pra almoçar, buffet livre, comi feito gente grande, uma comida caseira excelente  acompanhado de peixe frito, isso era oque eu estava precisando pra repor as energias, depois do almoço dei um tempo de descanso e as 12:00 segui rumo a Porto Belo, no caminho vi paisagens de tirar o folego, mais oque realmente me tirou o folego foi a tao falada subida entre Porto Belo e Bombas, confesso que naquela subida eu empurrei a bicicleta morro a cima, e com o peso da bike e mais o alforge dava a impressão que estava empurrando um carro, mais depois de toda subida vem a descida,  e essa descida é excelente, no alto do moro dá pra ver o mar e alguns barcos pra compor a paisagem.





 Passado Bombas enfim cheguei em Bombinhas lugar aonde eu tinha ligado no dia anterior pra fazer a reserva de uma suite na Pousada Banana House, eu tinha levado comigo o endereço e o numero do telefone da pousada, procurei pelo endereço e nao encontrei, pedi informação e ninguém sabia aonde era, até que liguei para o dono da pousada, SR. Amilton, um gaúcho muito simpático que me recebeu muito bem em sua pousada, literalmente me recebeu com os braços abertos, na verdade ele estava abanando no meio da rua pra eu ver aonde ficava a pousada rsrsr. Apos fazer o pagamento de 2 diárias, fui até o quarto e tomei um banho pra refrescar o corpo, ai peguei uma carona com o SR.Amilton até o mercado, e com nós foi a Laika, uma cachorra Labrador de 5 anos e meio que é aposentada da Policia Federal, ela trabalhava como farejadora de drogas no Aeroporto de Florianópolis, e hoje pode curtir as suas aposentadoria na beira da prais, fomos ao mercado e fiz a minha compra, pão,queijo,presunto,cerveja,água,chocolate,banana e sabão pra poder lavar as minhas roupa, é pensa que é só diversão essa vida de cicloturista???. Depois de arrumas as coisas e lavar as roupas foi hora de ir curtir a praia, e segui uma sujestao do SR. Amilton de ir perto do trapiche, lá tem uma barreira de pedras que forma um aquário natural, lugar aonde é possível ver e sentir centenas de peixes mordiscando as pernas, ainda mais te tem algum alimento pra chamar a atenção deles.

Laika, cachorra Labradora aposentada da Policia Federal











 A noite quando retornei a pousada conheci uma Argentina que abandonou tudo na província de Santa Fé (ARGENTINA), casa,emprego,família,cachorro e amigos, tudo isso pra vir trabalhar no Brasil e poder assistir a Copa do Mundo, isso mesmo, essa Argentina é viciada em futebol, o nome dela é Natália, uma pessoa simpática e sorridente, começamos a conversar e de repente um companheiro de trabalho dela nos chamou pra ir na casa dele comer Sushi , o nome dessa cara é Wagner mais podem chamar ele de ''TUFÃO, ou TUFFON'', um gaúcho de Porto Alegre que acabou indo parar em Bombinhas pra trabalhar como garçom em uma temporada, e acabou não voltando mais a sua cidade natal. Um cara apaixonado por seu filho de 3 anos, um moleque que já esta surfando, e o Tufão me contou com a maior alegria de quando deu pro seu filho uma prancha de surf e como o seu filho ficou feliz com o presente.
 No dia seguinte dei descanso pras pernas e sai caminhar pelas praias, conheci a praia de QUATRO ILHAS e SEPULTURA.

Vista do alto do Morro do Macaco










 Ultimo dia em Bombinhas, acordei cedo tomei café, e sai pedalando rumo a praia do Mariscal, Morro do Macaco e Zimbros, na noite tinha caido uma chuva que deixou o asfalto bastante escorregadio, então tive cuidado redobrado pra nao acabar caindo e me machucando. Na Praia do Mariscal encontrei alguns surfistas e moradores locais com quem pude conversar um pouco,entre eles um simpático senhor que de 72 anos, ficamos por um longo tempo conversando e me deu um aperto no coração quando tive que me despedir dele. enfim são essas lembranças que fazem valer a pena.
 No mesma noite na pousada tivemos uma noite da Pizza la Parrilla, prato tipico dos Argentinos, um prato delicioso preparado na brasa, diferente da nossa tradicional pizza que é feita em fornos, um prato que aconselho que provem, ainda mais se for feito pelos Argentinos.

Senhor Aldo Senna





Eu, Nathy,  SR.Amilton e o casal de Argentinos



 Na manha seguinte mais uma vez foi hora de arrumar as coisas, se despedir e pegar a estrada rumo a Florianópolis, o dia amanheceu fechado e com uma leve garoa, mesmo assim nao mudei de ideia quanto pegar a estrada, sai abaixo de uma leve garoa que aos poucos foi engrossando, até que parei em um mercado pra comprar água e um senhor parou do meu lado e falou- É menino, essa chuva vai continuar o dia todo, hoje não para de chover. Foi ai que me preocupei um pouco, mais segui adiante. Pedalei até chegar em Porto Belo, então peguei uma estrada secundaria que daria acesso á BR-101, estrada essa com um longo trecho em estrada de chão e com a chuva se  tornou uma bela lama, sujando assim as minhas roupas, bicicleta e o alforge, passado esse trecho cheguei na BR, o trafego intenso de caminhos acompanhado da forte chuva acabou me deixando com medo, a visibilidade era pouca o risco de ser atropelado era muito grande, mais só tive um susto em uma curva, quando um carro veio ''comendo faixa'' e passou perto da bicicleta, me fazendo gritar vários palavrões.Depois de 70 km pedalando abaixo de chuva, Sao Pedro resolveu dar uma trégua, e ai o sol apareceu e junto com ele um calor quase que insuportável, ai só faltava mais 15 km pra chegar em Florianópolis, mais foi um trecho que exigiu muita força de vontade, afinal eu estava exausto fisicamente e psicologicamente.
 Ainda no continente parei e pedi informação de qual estrada deveria pegar pra ir pra Ilha, e um senhor me deu a informação que deveria pegar a Via Rápida e ir uns 5 km até chegar na Capital de Santa Catarina, essa tal Via Rápida foi uma tortura pra mim, os carros em alta velocidade, e estrada sem acostamento e a cada pouco tinha uma saída da rodovia ou entrada aonde os carros vem muito rápidos, fazendo com isso que a minha preocupação aumente-se a cada instante. Foi nesse trecho que eu passei por um senhor de uns 50 anos de idade que também estava pedalando, logo mais adiante parei pra descansar um pouco e esticar as pernas, foi ai que ele parou do meu lado e começamos a conversar, falamos das nossa vidas e de tudo um pouco, até que então ele me falou: -Menino daqui em diante você não deve dar conversa á ninguém, se te chamarem, abaixa a cabeça e segue reto, não para de jeito nem um. Então eu perguntei o motivo, e ele me respondeu; - Eu sou morador de rua, sou viciado em crack, mais pra sua sorte eu não roubo nem mato pra sustentar o meu vicio, mais se cuida que nem todos não como eu, se você bobiar vão te roubar as roupas, a bicicleta ou fazer algo de pior pra você. Foi ai que agradeci pelo conselho, desejei felicidades, dei um aperto de mão e segui em frente, feliz pelo conselho mais com o psicológico em pedaços, foi ai que percebi que o ''mundo'' da cidade grande é completamente diferente do meu mundo, aonde posso confiar nas pessoas, aonde que conheço a maioria das pessoas, enfim segui até chegar em Florianópolis e encontrar o Hostel que tinha reservado.
 Quando fiz o check-in perguntei na recepção se tinha algum local aonde poderia lavar algumas roupas, até nesse momento eu não fazia ideia que tinha me sobrado poucas peças de roupas sem molhar e sujar com a água da chuva e a sujeira do asfalto, então me falaram que poderia lava-las no banheiro, e foi isso que fiz, fiquei uma hora lavando as roupas que sujaram na viajem e a minha sorte que estava sozinho no quarto e pude estende-las sobre as outras camas.
 No dia seguinte conversando com um hospede ''CLEIDSON THOMAS'' e ele me falou que estava indo pra Praia da Galheta e Praia Mole, e não pensei duas vezes antes de ir junto, chegamos lá e o cenário era paradisíaco digno de dizer que poderia ficar ali contemplando a natureza sem pensar em mais nada.



Parque Municipal da Galheta











Baleismo, á arte de fazer gravuras em dentes de baleias Museu Homem do Mar

Miniatura de barco no Museu Homem do Mar





Lavar a próprias roupas faz farte do cicloturismo
Depois de pedalar 50 km abaixo de chuva na BR-101 é hora de descansar