terça-feira, 28 de março de 2017

Machu Picchu, dicas de como chegar


Machu Picchu
Uma das sete maravilhas modernas está localizada no sul do Peru, pode se dizer que é o principal atrativo do país, porém aos meus olhos esse país tem muito mais a oferecer, culinária, cultura, edifícios históricos, cores, paisagens, enfim até então o país que mais está me agradando.
Ida à Machu Picchu tem três opções, se você for rico pode ir de trem desde Cusco a Águas Calientes e de lá pegar um ônibus para subir a montanha e fazer o mesmo trajeto de volta, com isso gastando vários dólares, digo vários muitos, cerca de 400 a 500 dólares. Mas se você não tem todo esse dinheiro disponível pode pegar uma van de Cusco a Hidrelétrica, e de lá seguir caminhando ao lado da linha férrea que leva até Águas Calientes, são cerca de duas horas de caminhada ou onze quilômetros, como fiz esse trajeto digo que vale a pena se você tiver um mínimo de preparo físico. Bom vou tentar explicar melhor a história, contratei uma agência de turismo que me oferecia transporte até hidroelétrica, hospedagem, entrada, guia turístico em Machu Picchu é transporte de volta, isso por um preço aceitável, fiz as contas e me compensava pegar o pacote completo. No entanto minha dor de cabeça começou quando cheguei em Águas Calientes, esse lugar é o povo aos pés da montanha Machu Picchu, chegando lá fui na hospedagem onde teoricamente deveriam ter reservado uma humilde cama para mim, no entanto não haviam feito isso, o pior de tudo é que nem o ingresso para a montanha não tinham deixado lá, após muitas ligações para a empresa nada de retornarem, voltei a praça principal onde os guias de turismo se reúnem, lá falei com três guias que também ligaram na agência e nada de atenderem, quando conseguiram falar com um funcionário ele disse que eu era para ficar ali que logo alguém já iria vir me encontrar, isso já era 20:00h e eu sem hospedagem e o pior, sem a entrada a montanha. Um dos guias me orientou a ir até a polícia registrar uma queixa, e me garantiu que após fazer isso em 20 minutos tudo se resolveria, menos mal, quando estou saindo em direção a polícia a senhora da hospedagem onde eu iria começou a gritar meu nome no meio da praça, me falando que a empresa depositou o dinheiro para comprar minha entrada, mas ela ainda precisava ir sacar o valor, nisso o guia que me orientou avisou ela que ela tem apenas 15 minutos para ir sacar o dinheiro e comprar o ingresso, já que a oficina de turismo fechava as 20:30, esperei ela ali enquanto foi sacar o dinheiro, faltando três minutos para fechar a oficina de turismo compramos o ingresso, ainda com a minha boa vontade de emprestar um pouco de dinheiro para completar o valor.
Hospedagem, o lugar onde eram para ter reservado não tinha mais vaga, então fui para outro lugar, tive sorte que era ao lado da Plaza de Armas, bem no centro da cidade. Após estar devidamente instalado chegou um guia para me explicar como seria no dia seguinte, menos mal, ja teria uma explicação a mais no próximo dia.
Dia seguinte acordei às 4:00 h tomei um banho e sai em direção a montanha, logo nos primeiros metros fora do hotel já encontrei vários outros viajantes indo para o mesmo sentido, na fiscalização antes da ponte que dá acesso ao caminho da montanha já tem cerca de 200 pessoas, fico na fila, ali em diante começa a subida, não faço ideia de quantos degraus tem, mas são cerca de 5 km de subidas em uma trilha com pedras, muitas vezes escorregadias.
Na entrada do sítio arqueológico Machu Picchu os guias formam os grupos, ali sigo com a minha guia, sempre ouvindo suas explicações, em um momento ela me perguntou se era verdade que no Brasil comemos abacate com açúcar, e digo que sim, e também fazemos batidas com leite, todos ali começaram rir, e falando que isso é loucura, ainda mais com leite, uma senhora diz: Palta “abacate em espanhol” con leche no es bueno, puede nos matar!! Fico rindo com a situação é percebendo como as culturas são diferentes em países vizinhos. Depois disso a mesma senhora me pediu para tirar uma foto, peguei o celular dela e ela falou: Nooo, yo quiero una foto con usted!! Pronto era o que me faltava, ela em Machu Picchu e querendo tirar foto comigo, dei um abraço nela e com um sorrisão nos dois saímos bem na foto.
Após duas horas terminou o acompanhamento da guia, aí em diante cada um por si em busca da foto ideal, no entanto o sol não tinha aparecido ainda e um espesso nevoeiro cobria a montanha, fico por ali observando os detalhes feitos em pedras de mármore branco, não tem como não ficar impressionado.
Após meia hora o nevoeiro começou desaparecer, aproveito para fotografar, mas o sol mesmo não apareceu para eu tirar a foto que queria, mesmo assim está valendo a visita. O ingresso da direito a três entradas no atrativo, mas isso no mesmo dia, como assim entrar três vezes?? É que as ruínas são praticamente um circuito fechado, onde tem direção que se deve circular, não se pode ficar caminhando igual uma barata tonta, por mais que você seja uma barata tonta aqui você vai andar no sentido certo, e tem mais, o banheiro fica fora das ruínas, então é preciso sair para fazer suas necessidades fisiológicas.
 As vans de turismo que saem de Hidrelétrica partes as 14:30 h, sendo assim deve se começar a descida das ruínas por volta das 11:00 h, uma hora até Águas Calientes mais duas horas até Hidroelétrica, com isso chegando a tempo de pegar a van e retornar para Cusco, no caminho de volta conheci um mexicano e uma francesa com quem fiz todo o caminho, o mais engraçado era o sotaque do mexicano, falava cantando as palavras.
Hora de voltar a minha “maravilhosa agência de turismo” levou mais uns bons chingoes dos guias, três deles ligaram para a empresa chingando eles pelo tratamento que eu tive, que isso não é coisa que se faça com um turista, deixando o esperando mais de três horas sem hospedagem, ingresso e sem informações sobre o que estava acontecendo, com isso tive certeza que os guias fazem de tudo para agradar o turista, pois é daí que vem a fonte de renda deles e de toda uma região, quanto aos guias só tenho a agradecer pela ajuda que me deram e que na medida do possível me ajudaram, em especial o guia Yaguar, não ganho nada por falar bem dele, simplesmente é o devido reconhecimento que um bom profissional merece, se alguém for pra lá e precisar de guia eu indico esse aí Yaguar.
Após foi a viagem de volta, 6 horas de Hidroelétrica ate Cusco, sorte que dessa vez consegui dormir em boa parte do caminho.
Posso dizer que vale a pena a dor nas pernas e pés no dia seguinte, eu sou Ciclista e meus músculos estão acostumados com os movimentos das pedaladas, porém dessa subida na montanha eles não estavam acostumados, no entanto é melhor descansar um pouco antes de voltar para a bicicleta.
Lembrando que o relato é a partir da minha experiência, não viajo com dinheiro para ser esbanjado por isso fiz parte do percurso caminhado, mas mesmo que tivesse muito dinheiro eu indicaria fazer um dos trâmites de ida ou de volta caminhando, o contato com a natureza é sem dúvidas incomparável contra uma poltrona de um trem, sendo que nem se quer esse trem é de uma empresa nacional onde ficaria o lucro para a comunidade com isso valorizando seu povo e sua cultura, esse dinheiro vai para empresas do Chile e Inglaterra, elas são as proprietárias atualmente dessa linha férrea, esse é outro ponto que ouvi muitas pessoas questionando, falando que depois da privatização o valor da passagem ficou exorbitante e com isso “espantando” muitos turistas.
Vá, ou melhor venha, conheça, aproveite um guia nem que seja de algum grupo, ande próximo e fique com os ouvidos atentos nas explicações, tem muita história interessante por de trás dessas ruínas, e visite o Peru, mas não apenas Machu Picchu, existe muito mais para ver nessa região, posso me gabar que tenho o privilégio de estar conhecendo da melhor maneira, um jeito simples que me aproxima das pessoas por onde passo.
Qualquer dúvida pode me enviar mensagem que na medida do possível responderei.
Agradecimento especial a Meurer caça e pesca que me forneceu um casaco fleece, e este está sendo imprescindível no frio Peruano em especial nessa visita a Machu Picchu.




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Um comentário:

  1. Olá pessoal!
    sensacional seu blog, boas dicas
    machu Picchu é conhecida como a cidade sagrada dos Incas. Eleita Patrimônio Mundial pela Unesco, ela possui ares místicos e está situada em uma região repleta de segredos do antigo império, atraindo visitantes de todo o mundo para uma jornada inesquecível, repleta de histórias.
    Impossível não se encantar com as cenas de Machu Picchu na nova novela da Globo, Amor à Vida. Se você ficou ainda mais com vontade de conhecer este lugar mágico por conta própria, saiba que é bem mais fácil tirar esse sonho do papel do que você imagina.
    http://blog.viagensmachupicchu.com.br/

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